INSS e Polícia Federal aguardam liberação

Especialistas cobram agilidade na autorização dos concursos que enviaram pedidos ao MPOG e sofrem de carência de servidores
O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) pretende concluir até o próximo dia 30 de abril o levantamento sobre o status de todos os concursos públicos da administração federal direta: aqueles em andamento, os já homologados, os com prazo para expirar, os requisitados por meio de sentença judicial e aqueles que ainda não foram autorizados mas cuja demanda é urgente. A informação é da assessoria de imprensa do ministério.

Depois dessa fase, terá início a análise "caso a caso" que poderá liberar a contratação e a publicação de editais para os órgãos que comprovarem necessidade imediata. Ainda não há um prazo para que os resultados de ambas as fases sejam divulgados ao público.

Entre os concursos que aguardam posicionamento estão os casos da Polícia Federal, Ibama (Instituto de Recursos Naturais Renováveis), Ministério da Saúde, Fundação Biblioteca Nacional, Valec, CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), INSS, entre outros.

Falta agilidade
A demora do MPOG em apresentar os resultados do balanço dos concursos federais em todo país não surpreende o professor Ricardo Ferreira, autor do livro "Manual dos Concurseiros". "É um ritmo normal porque podemos esperar morosidade do governo, que não está demonstrando preocupação pelo interesses dos envolvidos, tanto concurseiros como servidores. Isso gera insegurança nos que já estavam envolvidos em algum processo seletivo", disse.

Para o professor Ernani Pimentel, presidente da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac), é importante que os candidatos tenham em mente que o governo apenas suspendeu os concursos públicos: "A ministra Miriam Belchior não deu um prazo para essa análise de fluxo de caixa e não sabemos o grau de dificuldade que eles estão encontrando". Ele, porém, observa que os trabalhos poderiam ter um "ritmo mais ágil porque se trata de um governo eleito pelos mesmos eleitores do governo anterior. Era de se esperar que a transição não trouxesse tantos prejuízos".

INSS e PF
Para o especialista em concursos Ricardo Ferreira, devem receber prioridade do MPOG os concursos para ambos os órgãos, devido à carência de servidores, já sentida pela população: "Há milhares de pessoas na fila para aposentadoria ou afastamento que não conseguem ser atendidas porque não há peritos. Os casos de afastamento são piores ainda porque o benefício pode ser suspenso e elas não podem procurar emprego. A Polícia Federal, por outro lado, está agendando pedidos de passaporte para o mês de julho. E falta gente para policiar as fronteiras, combater o tráfico de drogas e armas", enumerou.

A assessoria de imprensa no Ministério da Justiça, ao qual a PF é vinculada, já havia revelado que pretendia lançar os editais no primeiro semestre deste ano, mas o prazo foi suspenso. Os pedidos de abertura de 1.352 vagas encontram-se no MPOG.

Já o pedido do INSS prevê o preenchimento de 2.500 novas vagas, das quais, segundo a assessoria, duas mil serão para técnico e 500 para analista.






Fonte: http://diariodonordeste.globo.com